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Apesar do potencial praticamente infinito em termos de aplicações que a realidade virtual oferece, existem ainda problemas por resolver que podem tornar esta não só uma experiência desagradável, como também um possível risco para o nosso dia a dia.

 

 

Problemas legais

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Nestes estão incluídos problemas relacionados com propriedade intelectual, privacidade, impostos e crime. A total imersão da realidade virtual faz com que seja possível influenciar o comportamento de um indivíduo e o facto da tecnologia ser recente implica que as leis formuladas podem não contemplar todas as possibilidades.

Os problemas relacionados com propriedade intelectual podem ser caracterizados de duas formas diferentes:

 

  • Os problemas relativos a produtos do mundo real usados no mundo virtual.

  • Os problemas relativos a produtos  do mundo virtual e o seu papel no mundo real.

 

Por exemplo, se for criada uma bebida no mundo virtual com as mesmas características do que a Coca-Cola, quem tem direitos sobre ela? A entidade que a criou no mundo virtual ou no real? Nesse caso, a entidade responsável pelo ambiente virtual deve servir de intermediário para que seja possível, com o permissão do criador,  incorporar músicas, fotografias, bebidas etc. O problema neste caso surge quando o utilizador não pede autorização e infringe esses direitos. Como localizar um indivíduo num ambiente acessível de qualquer lugar no planeta? E será que é possível para um proprietário da marca processar esse indivíduo apesar de não terem sido produzidas nenhumas bebidas reais?

Analogamente, teremos os mesmo problemas caso as criações tenham origem no mundo virtual. A maior parte das plataformas virtuais têm contratos em que é especificada a cedência de quaisquer direitos a criações originadas dentro destes ambientes virtuais. Estes contratos são vitais devido à capacidade destes mundos virtuais se assemelharem à realidade e consequentemente, os seus produtos terem a potencialidade de obter sucesso no mundo real. No entanto é expectável que haja uma mudança nestes contratos em estes direitos sejam partilhados entre os utilizadores e as entidades responsáveis pelo ambiente virtual.

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Problemas sociais

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Existe a preocupação da possível relação entre realidade virtual e insensibilidade. Esta preocupação advém da aplicação da realidade virtual em simulações violentas por parte de entidades militares e até pela indústria de entretenimento. Insensibilidade significa que a pessoa já não se sente afetada por actos de violência extrema e prática estes actos sem remorso. No extremo estes actos de violência implicam a morte de outras pessoas.

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Para além da insensibilidade existe outro problema crucial da imersão diária em mundos virtuais, cyber-addiction. Existem pessoas que se tornam viciadas em jogos de realidade virtual e consequentemente começam a perder a distinção entre a realidade e a vida virtual passando mais tempo nesse mundo virtual do que no real. O facto de passarem mais tempo nesse mundo não só traz consequências a nível social mas também tem um efeito brutal em termos de saúde.

 

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Problemas éticos

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A imersão num ambiente virtual é tão semelhante à realidade que levanta a questão do que aconteceria se fossem cometidos crimes num ambiente virtual. Será que existe a possibilidade de um utilizador ficar traumatizado devido às acções de outra pessoa nesse ambiente. E se existe, que consequências é que o infractor deve sofrer?

Serão semelhantes às consequências desses actos num ambiente real? Será que o nível de dor ou trauma são semelhantes? Se a realidade virtual se globalizar estes problemas será vital obter respostas para estes problemas.

 

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